terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Processo de Reabilitação de um Usuário de Droga ou Alcoólico

Todas as famílias ficam perdidas, sem saber o que fazer, quando um membro de sua família perde totalmente o controle da sua vida devido ao uso de substâncias alteradoras de humor;
 
 
 
O mais importante que se tem a fazer é consultar um especialista, detalhando a situação pela qual esta passando, afim de receber orientações cabíveis;
 
Dentro desta orientações está uma gama bem grande de atitudes que devem ser tomadas tanto pela família quanto pelo próprio dependente, ouvir pessoas "curiosas" e "achismos" de pessoas próximas só piora a situação, pois a doença da dependência e a codependência enfrentada pelas famílias carece de orientação profissional, especializada, com o conhecimento de causa;
 
Para tanto, nós do Anjos de Uma Asa, dispomos de Terapeutas e Psicoterapeutas especializados no processo de dependência e reabilitação para auxiliar todas as famílias, tirando as dúvidas mais básicas até orientação na resolução de processos mais delicados; Este serviços são gratuitos e disponibilizados para o púbico em geral, para que possamos contribuir com o bom funcionamento da sociedade e reestruturação de famílias que são perdidas por falta de conhecimento.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Alcoolismo

A pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo, pode desenvolver dependência do álcool, condição esta conhecida como "alcoolismo".
 
Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psicológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos estes fatores. A dependência do álcool é uma condição freqüente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.
 
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns dos sinais do beber problemático são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber cada vez maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; o aumento da importância do álcool na vida da pessoa; a percepção do "grande desejo" de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e o aumento da ingestão de álcool para aliviar a síndrome de abstinência.
 
 
A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrointestinais, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência severa ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas acima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e espaço.
 
Efeitos no resto do corpo
 
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração). Também são freqüentes os casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e câimbras nos membros inferiores.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Seis consequências do excesso de álcool

1) Cérebro

O excesso de álcool provoca diversos efeitos na região cerebral, como alterações nas áreas responsáveis pela memória, déficit cognitivo, neurodegeneração de algumas partes do cérebro, como o córtex pré-frontal, perda de função e/ou estrutura dos neurônios e inibição de processos de neurogênese (criação e desenvolvimento de novos neurônios).

2) Câncer

Aumentam os riscos de câncer nas regiões que entram em contato com as bebidas alcoólicas, como boca, laringe, faringe e esôfago.
 

3) Sistema digestório

O estômago pode sofrer erosões devido o álcool e, com isso, desenvolver gastrites. Mas é o fígado um dos órgãos mais afetados pelas bebidas alcoólicas, podendo acarretar inflamações, hemorragias, hepatite alcoólica e cirrose.

4) Síndrome de Korskoff

Trata-se de uma doença relacionada à carência de vitamina B1 (tiamina). Embora possa ter outras causas, o álcool é o motivo mais comum, pois a droga dificulta a absorção da tiamina pelo organismo. Alguns sintomas comuns são a paralisia de alguns músculos (dificultando o andar, por exemplo), problemas oftalmológicos e distúrbios de consciência ou estado mental.

5) Diabetes

O uso de álcool em excesso e de forma contínua pode provocar inflamação no pâncreas – órgão responsável pela produção da insulina. Essa inflamação, chamada de pancreatite, destrói o tecido pancreático e, desta forma, também as células que produzem insulina, levando ao Diabetes.

 

6) Mortes e Violência

Dados da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (ABEAD), por ano, 32 mil pessoas morrem em decorrência da bebida alcoólica, sendo 11 mil por cirrose. O álcool também está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios. Além do álcool contribuir para casos de afogamentos, quedas, suicídios, entre outros.
 
Com dados de: Ciência e Saúde, Ler Saúde, EM Digital

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O que é Dependência Química e Alcóolica?

Para entender o fenômeno da dependência química, o primeiro aspecto a ficar claro é o fato da dependência ser uma doença que causa diversas alterações cerebrais nas pessoas e afeta física, espiritual e mentalmente.

 A doença se estabelece através do uso repetido de uma substância que aos poucos vai modificando o funcionamento do cérebro, levando o indivíduo ao uso compulsivo e abusivo da substância, muitas vezes priorizando a busca pela droga e deixando em segundo plano uma série de outras atividades que lhe eram importantes.

Dessa forma, mesmo que o dependente queira parar com o uso da droga por conta própria, precisará, na maioria das vezes, de ajuda.

 A dependência química traz inúmeras consequências à vida dos dependentes e das pessoas de seu convívio. Essas consequências são tanto efeitos adversos diretos do uso das drogas, como a toxicidade provocada por seu abuso, quanto indiretos, tais como acidentes, suicídio, violência e uso de agulhas não estéreis.
A doença pode em muitos casos causar alterações de personalidade, que se mantém durante o período da doença e desaparecem quando o consumo da substância cessa. Essas alterações reaparecem rapidamente caso o indivíduo volte a consumir a substância, podendo inclusive servir como sinalizadores para as pessoas de seu convívio da drogadição.
Essas alterações se caracterizam por agressividade, impulsividade, desmazelo, mentir seguidamente, noções alteradas de ética, arrogância e prepotência, apatia e desinteresse pelas atividades cotidianas, instabilidade afetiva e alterações dos padrões de sono e alimentação.
Decorrente disso, o dependente perde sua função na sociedade e na família, degradando a vida à sua volta, sendo necessário então um processo de Reabilitação;

 


     



     

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Internação de Dependentes de Álcool e Drogas

Internação não é punição;
Internação não é prisão;
Internação para muitos é a ultima opção, quando deveria ser a primeira, em se tratar de uma doença crônica, progressiva e fatal;
 
A internação de dependentes químicos e alcoólicos se faz necessária quando é notório o envolvimento da pessoa com substancias psicoativas, a compulsão e a tolerância em seu organismo ficam maiores, trazendo riscos a saúde, comportamentos distorcidos da realidade e consequências desagradáveis não só para o usuário como para a família como um todo.
 
Através de mais de quatorze anos de pesquisas, estudos e testes de modelos terapêuticos, dispomos hoje de um programa de reabilitação que se adequa as necessidades dos pacientes, através de atendimentos com profissionais especializados como médicos psiquiatras, clínicos, psicólogos, psicoterapeutas e terapeutas, desenvolvemos com o paciente um novo caminho, onde lhe é ensinado sobre sua doença e implantadas ferramentas para que este saia do ciclo destrutivo de maneira eficaz e precisa;
 
Dispomos de programas para três, quatro ou seis meses de internação, dependendo do perfil do paciente e analise de nossa equipe terapêutica.
 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Oitavo

 
Influência da Família
 

Principalmente quando a questão são as bebidas alcoólicas, o incentivo para começar pode estar dentro de casa. Se o jovem vê os familiares bebendo livremente, a qualquer momento, perdendo o controle, ele terá um exemplo. Isso é muito perigoso pois os filhos se espelham nas atitudes dos pais.
 
 
 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Sétimo

 
Falta de Perspectivas
 
 
 
No mesmo caminho das frustrações, quando não há metas e planos futuros, eles podem ficar perdidos e se sentirem atraído por essas substâncias. O jovem precisa de encaminhamento e incentivo, ou buscará algo que o faça não se preocupar com isso.
 
 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Sexto

Crise de Identidade e Fuga
 
 
 
 
 
 
 
Por ser uma fase de transição, em muitos momentos pode se estabelecer a confusão sobre quem o adolescente é, já que está entre a infância e a idade adulta. Ser cobrado e tratado ora como criança, ora como adulto, pode deixa-lo confuso e se tornar algo intolerável. A fuga para isso pode ser na busca de algo que o faça "relaxar", que o leve para outra realidade.

O Álcool e seu poder Destrutivo!

      Todos nós sabemos que alguém viciado em álcool sofre muito. Mas aqueles que convivem com um alcoólatra sofrem também. Muitas vezes vivenciam a violência em suas próprias vidas, são agredidos física e emocionalmente e sentem-se humilhados e sozinhos.
Talvez você seja casado com uma pessoa que vive sob influência do álcool, talvez seja um filho ou uma filha de um pai ou mãe alcoólatra. Seja como for, a realidade do álcool é:
 
  • Ele destrói famílias.
  • Ele afasta os entes queridos.
  • Ele constrói muralhas no relacionamento interpessoal dos envolvidos.
  • Ele leva à violência.
  • Ele cria uma ilusão de um mundo turbulento e confuso.
  • Ele maltrata tanto quem está sob este vício, como os demais.
  • Ele prejudica a saúde mental, física e espiritual.
  • Ele vicia e domina.
  • Eu sei o que é conviver com alguém que é dependente do álcool, sei que é doloroso, terrível e assustador, sei que machuca, magoa e causa sérias cicatrizes. Porém sei de algo ainda mais importante, não é aceitando ou baixando a cabeça que vamos ajudar a um familiar ou cônjuge envolvido com álcool. Então, o que fazer?

1. Não alimente o vício.  Jamais

vá comprar bebida a pedido de seu cônjuge! Se ele ou ela fizer chantagem emocional ou for ameaçador não se intimide, porque se a pessoa já se transforma quando ainda não está sob o efeito do álcool, imagine quando está! Saia de casa, dê uma volta, pegue na mão do cônjuge e ofereça para irem para algum ambiente salutar, uma igreja, uma capela ou um jardim. Aproveite essas ocasiões para conversar a respeito de que a bebida e o vício estão destruindo o relacionamento entre vocês e sua família. É preciso que ele acorde para a realidade.

2. Esteja preparado

Nunca se sabe o que pode acontecer quando uma pessoa está sob influência do álcool. Eu e meus irmãos já fomos deixados sozinhos ainda pequenos em uma praia sem nenhum responsável, sem saber o que fazer ou para onde ir. Lembro-me de chorar muito e, com certeza, por um milagre divino voltamos para casa seguros, mas não sem antes sentir o odor insuportável do álcool.
Portanto esteja preparado caso a pessoa viciada lhe abandone em algum local. Tenha seu celular carregado, algum dinheiro na carteira caso precise tomar um ônibus para voltar para casa. Se precisar de socorro ou se for parar em algum local desconhecido ligue para familiares e amigos.

3. Não use o vício do outro como desculpa para conseguir o que quer

Não se sente à mesa de bar com seu cônjuge, não ofereça algo que contenha álcool para ele, não use isso para se beneficiar de alguma forma, por exemplo: você sabe que seu esposo é alcoólatra e quando ele bebe fica mais “generoso” por assim dizer, brincalhão talvez. Mas também há momentos em que ele se torna violento e obsessivo. Não ache que será vantajoso deixá-lo bêbado só para conseguir algo em troca com maior facilidade. Esteja consciente que a bebida é destruidora, não adianta ter algo material se sua vida estiver em risco, até porque você nunca sabe o que pode acontecer num momento violento ou de perda de controle da outra parte!

4. Converse bastante e ore

Talvez você já tenha feito isso diversas vezes, mas conversar é necessário e orar ainda mais! Algo divino sempre acontece quando colocamos dobramos nossos joelhos e entregamos nosso coração a Deus. Obtemos resposta, direção e até milagres acontecem! Não estou dizendo que seu cônjuge vai se libertar do vício somente com a oração, orar é fundamental porque conseguimos ter auxílio do Senhor, conforto e direção, porém diversas outras mudanças devem ser feitas, inclusive da sua parte.

5. Ofereça opções

Ao conversar com seu cônjuge dê opções a ele e mostre-as. Existem clínicas que podem ajudar. Existe algo muito maior do que as clínicas: força de vontade e desejo de mudar. Isso é imbatível. Se seu cônjuge tiver consciência de que o vício está destruindo suas vidas por completo, família, trabalho, amizades e a saúde, então esta é uma ótima oportunidade para dar todo apoio e ambos lutarem juntos.
Porém, algumas questões devem ser consideradas por ambos, além de tudo o que já foi dito:
 
  • Evite lugares que têm bebidas.
  • Evitem festas.
  • Procurem ajuda profissional.
  • Apoiem-se um ao outro.
  • Desabafem com carinho.

6. Compreenda para poder ajudar

Muitos daqueles que fazem uso do álcool carregam consigo algum problema ou fardo doloroso e difícil. Não se trata apenas de diversão, mas de uma fuga de algo que aprisiona e deteriora à medida do tempo.
Algumas pessoas sofreram abusos, maus tratos, violência doméstica, abandono, perda de um ente querido, depressão ou pode ter perdido algo que era de grande valor, sentimental ou material, e como fuga encontram no álcool a “libertação” momentânea para a dor. Alguns dizem que o álcool entorpece a angústia e o tira da realidade, porém quando passa traz tudo consigo à tona e de uma maneira muito pior, em forma de destruição geral! E aquela dor latente, ainda continua lá! Os problemas ainda existem. E agora mais um: o álcool é um lento suicídio além de matar as relações mais importantes da vida: a família.
É importante você como esposa ou esposo compreender os motivos reais desse “escape” na bebida. Lembre a seu cônjuge de que o problema não irá se resolver com isso, apenas complicará a situação. Ninguém tem boas ideias quando está sob o domínio do álcool, todo o corpo sofre, a coordenação motora, sensorial e percepção em geral é abalada e afetada. Uma pessoa sob o efeito do álcool não consegue e nem pode tomar uma decisão acertada, tanto é que vemos inúmeros acidentes automobilísticos causados pela embriaguez!
Além disso, se o vício já está estabelecido, a pessoa nem precisa ter um "motivo" para beber. A abstinência em si traz o desespero da necessidade da bebida.

7. Busque ajuda

Ajuda especializada e tratamento, grupos de ajuda e paciência. Existem muitas histórias de pessoas que largaram o vício, restabeleceram sua vida, preservaram sua família e estão vivas. Tenha esperança! Faça sua parte, mas conte com ajuda externa, você não precisa suportar tudo sozinho.
Você deve buscar ajuda para você também. Para a pessoa largar totalmente de um vício ela precisa mudar de ambiente, de amizades, de locais, de atividades. E você também precisará saber como agir com alguém tentando se recuperar, não apenas com um viciado. Informe-se.


www.anjosdeumaasa.com.br

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Quinto

Entrar para a Turma
 
 
Nessa época da vida, há uma necessidade de aceitação e de fazer parte do grupo.
Eles querem se encaixar em uma galera e o passe para isso pode ser experimentar ou ter que fazer uso de bebidas alcoólicas e drogas.
 
Visto de longe, parece uma atitude ridícula e um tanto inadequada, porém é o fruto da imaturidade da adolescência.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Quarto

Necessidade de Experimentar Novas Emoções
 
 
 
 
 
A adolescência é conhecida por ser a fase das muitas "primeiras vezes", isso por que, além do ciclo normal do crescimento, a juventude gosta de procurar novas sensações e experiências. para eles tudo que dá emoção é interessante e atrativo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

TERCEIRO
 
Escapar da Timidez e da Insegurança
 

Para tentar parecer descontraído, se enturmar e até conquistar as primeiras paqueras, o jovem pode achar que precisa de um "incentivo" e essas substâncias ajudariam no processo de desinibição, sendo uma maneira de perder o medo de iniciar uma conversa por exemplo.
 
Mero engano, pois a tendência das pessoas que não curtem drogas e álcool é se afastar daquelas que o fazem, gerando assim isolamento e o processo inverso do que era esperado.
 
 
 
 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

SEGUNDO
 
Esquecer problemas e Frustrações
 

A incidência de experimentação de droga esta ligada a fatores como estresse na escola, separação dos pais, brigas entre eles, entre amigos, perda de alguém querido.

Complexo de inferioridade, bullying, falta de aceitação, querer ser como o outro;

Na adolescência situações como essas podem ganhar força e parecer insuportáveis. As drogas e o álcool oferecem a possibilidade de esquecimento e distração.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Drogas, quem vai por esse caminho?

Bom dia!
 
Começamos hoje uma série de postagens em relação aos motivos que levam as pessoas a usarem drogas;
 
Serve como alerta para aqueles que não teve contato, como orientação para os pais e como identificação para os usuários;
 
Os itens serão postados conforme sua importância em uma escala de maior incidência.
 
PRIMEIRO
 
 
É um traço muito comum da juventude, todos passam por essa fase. 
 
O simples fato de conhecer alguém que faz o uso e tem algum destaque em sua vida pode despertar a curiosidade da pessoa em seguir os mesmos passos.
 
Pensar que o outro se viciou porque era fraco e querer provar a mesma substância para mostrar que é forte e não se viciará.
 
Tanta discussão sobre as drogas e o álcool e também seus efeitos podem atrair os jovem, que ficam curiosos quanto ao que realmente essas substâncias podem oferecer.
 
Isso pode ser a abertura para um caminho sem volta, porque as drogas e suas sensações podem ser bastante sedutoras, algumas capazes de em apenas uma vez de uso.
 
 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

"Mas ele(a) só fuma Maconha!" Apesar de ser uma substância psicoativa as pessoas ainda conseideram a maconha um droga do "bem"

Maconha e THC
Maconha — Sinônimos: HASHISH; BANGH; GANJA; DIAMBA; MARIJUANA; MARIHUANA

THC (TETRAHIDROCANABINOL)
Um pouco de história

A maconha é o nome dado aqui no Brasil a uma planta chamada cientificamente de Cannabis sativa. Em outros países ela recebe diferentes nomes como os mencionados no título deste folheto. Ela já era conhecida há pelo menos 5.000 anos, sendo utilizada quer para fins medicinais quer para "produzir risos". Talvez a primeira menção da maconha na nossa língua tenha sido um escrito de 1548 onde está dito no português daquela época: "e já ouvi a muitas mulheres que, quando iam ver algum homem, para estar choquareiras e graciosas a tomavam". Até o início do presente século, a maconha era considerada em vários países, inclusive no Brasil, como um medicamento útil para vários males. Mas também era já utilizada para fins não médicos por pessoas desejosas de sentir "coisas diferentes", ou mesmo utilizavam-na abusivamente. Conseqüência deste abuso, e de certo exagero sobre os seus efeitos maléficos, a planta foi proibida em praticamente todo mundo ocidental, nos últimos 50-60 anos. Mas atualmente, graças as pesquisas recentes, a maconha (ou substâncias dela extraídas) é reconhecida como medicamento em pelo menos duas condições clínicas: reduz ou abole as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia (doença que se caracteriza por convulsões ou "ataques"). Entretanto, é bom lembrar que a maconha (ou as substâncias extraídas da planta) têm também efeitos indesejáveis que podem prejudicar uma pessoa.
O THC (tetrahidrocanabinol) é uma substância química fabricada pela própria maconha, sendo o principal responsável pelos efeitos da planta. Assim, dependendo da quantidade de THC presente (o que pode variar de acordo com o solo, clima, estação do ano, época de colheita, tempo decorrido entre a colheita e o uso) a maconha pode ter potência diferente, isto é, produzir mais ou menos efeitos. Esta variação nos efeitos depende também da própria pessoa que fuma a planta: todos nós sabemos que há grande variação entre as pessoas; de fato, ninguém é igual a ninguém! Assim, a dose de maconha que é insuficiente para um pode produzir efeito nítido em outro e até uma forte intoxicação num terceiro.

Efeitos da maconha
Para bom entendimento é melhor dividir os efeitos que a maconha produz sobre o homem em físicos (ação sobre o próprio corpo ou partes dele) e psíquicos (ação sobre a mente). Esses efeitos físicos e psíquicos sofrerão mudanças de acordo com o tempo de uso que se considera, ou seja, os efeitos são agudos (isto é, quando decorre apenas algumas horas após fumar) e crônicas (conseqüências que aparecem após o uso continuado por semanas, ou meses ou mesmo anos).
Os efeitos físicos agudos são muito poucos: os olhos ficam meio avermelhados (o que em linguagem médica chama-se hiperemia das conjuntivas), a boca fica seca (e lá vai outra palavrinha médica antipática: xerostomia — é o nome difícil que o médico dá para boca seca) e o coração dispara, de 60-80 batimentos por minuto pode chegar a 120-140 ou até mesmo mais (é o que o médico chama de taquicardia).
Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte das pessoas os efeitos são uma sensação de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fatigado, vontade de rir (hilariedade). Para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável: sentem angústia, ficam aturdidas, temerosas de perder o controle da cabeça, trêmulas, suando. É o que comumente chamam de "má viagem" ou "bode".
Há ainda evidente perturbação na capacidade da pessoa em calcular tempo e espaço e um prejuízo na memória e atenção. Assim sob a ação da maconha a pessoa erra grosseiramente na discriminação do tempo tendo a sensação que se passaram horas quando na realidade foram alguns minutos; um túnel com 10 metros de comprimento pode parecer ter 50 ou 100 metros.
Quanto aos efeitos na memória eles se manifestam principalmente na chamada memória a curto prazo, ou seja, aquela que nos é importante por alguns instantes. Dois exemplos verídicos auxiliam a entender este efeito: uma telefonista de PABX em um hotel (que ouvia um dado número pelo fone e no instante seguinte fazia a ligação) quando sob ação da maconha não era mais capaz de lembrar-se do número que acabara de ouvir. O outro caso, um bancário que lia numa lista o número de um documento que tinha que retirar de um arquivo; quando sob ação da maconha há havia esquecido do número quando chegava em frente ao arquivo.
Pessoas sob esses efeitos não conseguem, ou melhor, não deveriam executar tarefas que dependem da atenção, bom senso e discernimento, pois correm o risco de prejudicar outros e/ou a si próprio. Como exemplo disso: dirigir carro, operar máquinas potencialmente perigosas.
Aumentando-se a dose e/ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações. Delírio é uma manifestação mental pela qual a pessoa faz um juízo errado do que vê ou ouve; por exemplo, sob ação da maconha uma pessoa ouve a sirene de uma ambulância e julga que é a polícia que vem prendê-la; ou vê duas pessoas conversando e pensa que ambas estão falando mal ou mesmo tramando um atentado contra ela. Em ambos os casos, esta mania de perseguição (delírios persecutórios) pode levar ao pânico e, conseqüentemente, a atitudes perigosas ("fugir pela janela", agredir as pessoas conversando em "defesa" antecipada contra a agressão que julga estar sendo tramada). Já a alucinação é uma percepção sem objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou vê duas pessoas conversando quando não existe quer a sirene quer as pessoas. As alucinações podem também ter fundo agradável ou terrificante.
Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior monta. De fato, com o continuar do uso, vários órgãos do nosso corpo são afetados. Os pulmões são um exemplo disso. Não é difícil imaginar como irão ficar estes órgãos quando passam a receber cronicamente uma fumação que é muito irritante, dado ser proveniente de um vegetal que nem chega a ser tratado como é o tabaco comum. Esta irritação constante leva a problemas respiratórios (bronquites), aliás como ocorre também com o cigarro comum. Mas o pior é que a fumação de maconha contém alto teor de alcatrão (maior mesmo que na do cigarro comum) e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno; ainda não está provado cientificamente que a pessoa que fuma maconha cronicamente está sujeita a contrair câncer dos pulmões com maior facilidade, mas os indícios em animais de laboratório de que assim pode ser são cada vez mais fortes.
Outro efeito físico adverso (indesejável) do uso crônico da maconha refere-se à testosterona. Esta é o hormônio masculino; como tal confere ao homem maior quantidade de músculos, a voz mais grossa, a barba, também é responsável pela fabricação de espermatozóides pelos testículos. Já existem muitas provas que a maconha diminui em até 50-60% a quantidade de testosterona. Conseqüentemente o homem apresenta um número bem reduzido de espermatozóides no líquido espermático (medicamente esta diminuição chama-se oligospermia) o que leva a uma infertilidade. Ou seja, o homem terá mais dificuldade de gerar filhos. Este é um efeito que desaparece quando a pessoa deixa de fumar a planta. É também importante dizer que o homem não fica impotente ou perde o desejo sexual; ele fica somente com uma esterilidade, isto é, fica incapacitado de engravidar sua companheira.
Há ainda a considerar os efeitos psíquicos crônicos produzidos pela maconha. Sabe-se que o uso continuado da maconha interfere com a capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir um estado de amotivação, isto é, não sentir vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e importância. Este efeito crônico da maconha é chamado de síndrome amotivacional. Além disso, a maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, isto é, elas passam a organizar sua vida de maneira a facilitar o uso de maconha, sendo que tudo o mais perde o seu real valor.
Finalmente, há provas científicas de que se a pessoa tem uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente (a pessoa consegue "se controlar") ou a doença já apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Ou faz surgir a doença, isto é, a pessoa não consegue mais "se controlar" ou neutraliza o efeito do medicamento passando a apresentar de novo os sintomas da doença. Este fato tem sido descrito com freqüência na doença mental chamada esquizofrenia.
Em um levantamento feito entre os estudantes do 1º e 2º graus das 10 maiores cidades do país, em 1997, 7,6% declararam que já haviam experimentado a maconha e 1,7% declararam fazer uso de pelo menos 6 vezes por mês.