sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

APOIO À FAMÍLIA

 
 
Codependência
Inicialmente, é importante salientar que o uso abusivo de drogas pelos jovens é,
muitas vezes, caracterizado como um problema de ordem individual, ligado,
normalmente, à personalidade do indivíduo ou a uma questão de doença física
ou psíquica. No entanto, não se pode deixar de levar em consideração que o uso
de substâncias psicoativas, em determinados casos, pode estar relacionado a uma
ausência de estrutura familiar, evidenciando que a toxicomania não está restrita
apenas ao campo individual, mas se refere a um sintoma familiar.
O jovem usuário de drogas é efeito de conflitos familiares; na verdade, recebe a
'culpa' de toda problemática familiar.
O jovem toxicômano configura-se como o bode expiatório das tensões familiares,
carregando "sozinho todos os débitos e pecados da família" . Em virtude dessa
caracterização do usuário de drogas, existem diferentes fases em que os pais
passam quando lidam com um filho drogadicto:

1) cegueira familiar 
2) crise familiar.

A primeira diz respeito a um período, que é variável de indivíduo para indivíduo,
caracterizado entre o início do uso das drogas pelo jovem e a descoberta pela
família. Nessa fase, o jovem começa a deixar pistas no âmbito familiar de que
está utilizando alguma substância psicoativa, a saber: o jovem começa com uma
'atitude estranha' ao chegar em casa, fez desaparecer alguns objetos da casa e
entre outros. Nesse momento, é necessário destacar que começa a transparecer
nos pais um sentimento de impotência frente aos indícios de uso de drogas por seus filhos.
Os pais passam a se concentrar apenas no sintoma droga, recusando em enxergar que,
muitas vezes, o jovem drogadicto está sinalizando algum desajuste familiar.
A droga geralmente é "o último recurso do filho para chamar atenção sobre si, falar do
seu mal-estar"

A segunda refere-se ao momento de crise familiar. Nesta fase, a família já está ciente
que o filho é usuário de drogas; os pais passam a incorporar que possuem uma parcela
de culpa no que se refere ao uso de drogas por seus filhos. Esse é o momento em que,
muitas vezes, os pais não sabem o que fazer: se mudam o filho de escola, se o proíbem
de sair com determinados amigos, se batem, etc. Ademais, os familiares passam a ir a
busca de especialistas no intuito de ajudar seus filhos. É significativo frisar que
determinados jovens não aceitam aderirem a algum tratamento buscado pelos pais,
preferem permanecer usando substâncias psicoativas. Neste caso, existe a necessidade
de orientar os familiares a se sentirem parte da problemática dos filhos, agindo com
interferência neste ciclo, buscando tratamento e internando o usuário.

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