Internação involuntária
Muitas vezes nos perguntamos se estamos sendo duros demais com os nossos adictos ao tomarmos a decisão de interná-los involuntariamente, e sabemos que tomarmos tal decisão, exigirá de nós uma força quase descomunal. Nestas horas, precisamos ser firmes e fazer por eles, o que não conseguem fazer sozinhos. Porque, em um dado momento, muitos dependentes chegam a um estágio da doença que perdem até mesmo o poder de escolha e decisão. Estou me referindo a um dilema que muitas vezes compartilhamos ao especularmos a possibilidade de retirá-los de circulação contra a própria vontade. Ao tomarmos esta decisão poderemos nos sentir o pior dos seres humanos, porque teremos a sensação de estarmos sendo covardes e cruéis, mas não é bem assim. Precisamos protegê-los deles próprios. Mas, precisamos fazê-lo mesmo que isto doa demais, por que a dor de não fazer nada e ver um ente querido morto é muito maior do que aquela que poderemos sentir ao constatarmos que depois que a vida se foi, nada mais poderá ser feito.
Dárlea Zacharias
Para saber mais sobre os livros:
Clínicas de Reabilitação:
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